Em briga de marido e mulher, não se mete a colher!

Em briga da marido e mulher, não se mete a colher

É comum discussões e brigas entre casais, sejam em qualquer ambiente familiar, dentro ou fora de condomínio, discussões e brigas com tons de falas mais alto, bem comum em qualquer casal. O que não pode ocorrer é a agressão, seja moral, psicológica ou física. Infelizmente as agressões morais e psicológicas não são aparentes e dependem somente das vítimas, mas as agressões físicas essas são aparentes para qualquer pessoa e as desculpas são sempre as mesmas, caí da escada, dei um tropeção, caí no chuveiro e por aí vai.

Os números são alarmantes no Brasil quando falamos de violência contra a mulher, seja ela, violência física ou verbal, perseguição ou arma (seja branca ou de fogo) e até mesmo assédio. Hoje diante destes tipos de violências, o Brasil criou, ou tenta criar diversos mecanismos para impedir qualquer tipo de violência contra a mulher, mas mesmo assim o Brasil está entre os 5o lugar no ranking mundial de homicídio contra as mulheres.

Nenhuma mulher escolheu viver um relacionamento familiar abusivo, que vai além da relação marido e mulher, companheiro e companheira, se estendendo também para a relação com filhos, netos e demais familiares, todas buscam e querem uma relação comum, claro, sempre lembrando que discussões acaba por ser comum num relacionamento, pensamentos se divergem, é natural.

Na primeira fase o agressor mostra incomodado ou irritado por coisas insignificantes, o que com que ele humilhe a vítima e também faça ameaças e até destrua objetos dentro de casa. Essa fase é a típica fase de "pisar em ovos" e buscar evitar qualquer comportamento que possa irritar o agressor. Nesta fase a vítima já tem medo ou receio de expor suas próprias opiniões.

A segunda fase o agressor já se torna mais explosivo e toda a "raiva" guardada da primeira fase se materializa em violência verbal, física, psicológica, moral ou patrimonial. Nesta fase é onde as mulheres devem exteriorizar a violência sofrida e muitas fazem.

Na terceira e última fase, a "lua-de-mel", é onde o agressor se arrepende e se torna mais amável e carinhoso, apenas por um tempo, não se engane. Ele se mostra outra pessoa, entrando assim num ciclo, passando para a primeira, segunda e terceira fase novamente e assim sucessivamente. E o pior de tudo é que muitas mulheres ficam confusas com esta situação e acabam por achar comum e pensar que o erro é delas mesmo, que elas devem ter feito algo de errado e que merecem tal situação. Não, não merecem!

Se intrometer na briga de casal ou deixar a mulher morrer?

Quantas vezes vimos em noticiários que mulheres morrem a cada dia por conta disso, seja pelo próprio marido, pelo ex-companheiro e assim vai? Basta ligarmos a TV na Rede Record (Cidade Alerta) ou Rede Bandeirantes (Brasil Urgente) e veremos diariamente notícias sobre isso e não são duas ou três, são muito mais.

Um caso recente que ocorreu no Brasil, foi da jovem Tatiane Spitzer, onde o marido a jogou do próprio apartamento onde moravam, no Paraná. Câmeras de segurança do condomínio registraram diversos momentos de agressões, o porteiro não tinha acesso ás imagens? Não poderia ter denunciado caso tivesse visto nas câmeras? Briga de marido e mulher não mete a colher? Sim, devemos meter a colher sim a qualquer tipo de agressão. A omissão dos vizinhos custa vidas todos os dias! Meter a colher em determinados relacionamentos é um exercício de empatia e sempre se colocar no lugar da vítima e não de intromissão, muitas mulheres que sofrem a violência não querem se expor por vergonha ou medo do companheiro ou do ex-companheiro. Meter a colher é fazer o que você gostaria que fizessem por você, é comunicar que a vida da outra pessoa importa.

Seu condomínio tem uma política de violência doméstica?

E no seu condomínio, como é o ambiente dos vizinhos que te cercam?

Contato
caio@cmsindicoprofissional.com.br

Comentários